quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O GERATIVISMO CHOMSKYANO


28-09-2010


O principal debate suscitado na ciência lingüística foi protagonizado pelo lingüista norte americano Noam Chomsky, nos anos 50 do século passado.Em seu livro “ Syntatic Structres”, Chomsky, apoiado no racionalismo clássico(cartesianismo) e na tradição lógica, em seu programa de pesquisa critica veemente os seguidores de Leonard Bloomfield, por seu modo estruturalista de analisar a linguagem. Para alguns filósofos da lingüística, Chomsky teria promovido, com seu programa de pesquisa, uma verdade revolução científica, instaurando um novo paradigma cientifico.
“ Uma criança é capaz a partir de 24 meses produzir uma sentença que nunca ouviu antes”: principal argumento gerativista contra o behaviorism
Chomkysmo:
Para Chomsky a linguagem se organiza como uma linguagem matemática.
Propõe uma ruptura no eixo do estudo do estruturalismo, promovendo uma nova maneira de se pensar a linguagem.
Teria proposto uma revolução científica: Uma nova maneira de se pensar a linguagem, um novo paradigma científico.
O programa de pesquisa de Chomsky, no entanto, rebaterá duramente a postura analítica dos estruturalistas. O lingüista norte americano afirma que o homem já nasce coma linguagem. Desse modo, para ele, uma língua não se restringe a um corpus, pois enquanto este se constitui num conjunto finito de frases, a língua torna possível um conjunto infinito de frases, uma frase pode juntar-se a outra, outra e outra e assim por diante.
Além disso, Segundo Chomsky, uma língua não se restringe a um conjunto de frases, mas se constitui de um saber a propósito dessas frases. Ou seja, os falantes possuem o saber inato sobre sua própria língua que os possibilita distinguir uma frase gramatical de uma agramatical. Exemplo, um falante do português é capaz de reconhecer a frase: “ Os meninos são levados” como gramatical e “ levados os são meninos” como agramatical.
Chomsky argumenta que a gramática de uma língua se constitui nesse conjunto de regras, de instrução, cuja aplicação mecânica, produz frases admissíveis dessa língua. Surge a gramática gerativa, gerativa porque possibilita, a partir de um conjunto limitado de regras, gerar um numero infinito de frases. A língua no entendimento de Chomsky não se define somente pelas frases existentes, mas também por aquelas possíveis de serem criadas a partir de regras. Essas regras são interiorizadas pelos falantes que os torna aptos a produzir frases mesmo sem que estes tenham se quer ouvido essas frases.
Chomsky define como recursividade essa capacidade da qual somos capazes de produzir uma variedade de sentenças de comprimento indeterminado apenas combinando as poucas regras da língua.
“A recursividade é inerente a todas as línguas”. A partir de uma sentença simples é possível que se agregue seqüência mais complexas e assim por diante.”
Como o que está em causa para Chomsky é um falante ideal e não um falante real, sua teoria conduz à existência de uma gramática universal em que alguns traços são comuns a todas as línguas da humanidade. Por exemplo, toda a língua possui recursividade; toda a língua distingue nome e verbo; toda a língua distingue 3 pessoas do discurso; toda a língua tem pelo menos 3 vogais.  O que implica dizer que para Chomsky a linguagem independe do meio cultural em que os falantes vivem.

                  

                    Nota:
                                                                                                            Daniel Everett


*O antropólogo  Daniel Everett, após estudar por cerca de 30 anos os Pirahãs, grupo indígena localizado no sul do amazonas, com cerca de 350 indivíduos, questionou a afirmação Chomskyana de uma gramática universal, dizendo que os índios Pirahãs tem o seu pensamento determinado pela cultura e não por aspectos cognitivos, como afirma Chomsky com a gramática universal.
                             
      *O estudo de Everett foi publica em 2005 no peiódico current...



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